Era uma vez um lenhador que era viúvo, acordava às 6h da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava tarde da noite. Ele tinha um filho lindo, de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança. Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do seu filho. Todas as noites ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com a sua chegada.
Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem e, portanto, não era digna de confiança. Quando ela sentisse fome comeria a criança. O lenhador sempre retrucando com os vizinhos, falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso.
Os vizinhos insistiam: - Lenhador abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. - Quando sentir fome, comerá seu filho!
Um dia o lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários ao chegar em casa viu a raposa sorrindo como sempre e a sua boca totalmente ensanguentada.
O lenhador tremeu, suou frio, e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça da raposa. Ao entrar no quarto desesperado, encontrou o seu filho no berço dormindo tranquilamente e ao lado do berço uma cobra morta. O lenhador enterrou o machado e a raposa juntos.
Se confias em alguém, não importa o que os outros pensem a respeito desse alguém, siga sempre o seu caminho e não se deixe influenciar, e principalmente não tome decisões precipitadas.
Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me para dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Após algum tempo, ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou: - Além do canto dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa? Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi: - Estou ouvindo um barulho de carroça. - Isso mesmo - disse meu pai - e é uma carroça vazia! Perguntei a ele: - Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos? - Ora - respondeu meu pai - é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz. Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grosseria inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo o mundo e querendo demonstrar ser o dono da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo: - Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz!
Vi essa imagem na Internet e achei muita piada, porque realmente precisamos uns dos outros, "a base para o conhecimento humano é o outro", ninguém consegue viver isolado, sozinho.